domingo, 17 de julho de 2011





Antes de ser mãe, eu sou grávida. Antes de ser grávida, eu sou espera. Agora eu estou espera.
Já nessa espera, estou doando meu corpo. Doce é a ilusão de achar que este corpo é meu. 
Ele é um palco, uma tenda, um templo. É um lugar sagrado, onde eu aconteço, onde o amor se deposita e onde a vida se inicia.
Minhas dores, minhas tripas, meus gases, tudo pode ser outro. 
Estranho e revivido acontecimento. 
Desde que a espécie humana existe, meu corpo espera, engravida e pari.


Jul/2011